O Cyclocross é uma das modalidades mais desafiadoras do ciclismo moderno. Lama, chuva, curvas fechadas, acelerações explosivas e terrenos que mudam a cada volta criam um ambiente onde força, técnica e adaptação precisam coexistir de forma absoluta.
No último fim de semana, a jornada dupla da Taça de Portugal colocou tudo isso à prova e mostrou a consistência competitiva de Hugo Ramalho ao lado da sua Univox.
Sábado em Abrantes: vitória dominante
A 4.ª etapa, disputada em Abrantes, apresentou condições clássicas de Cyclocross: lama pesada, chuva incessante e um percurso que cobra precisão em cada pedalada.
Foi nesse cenário extremo que Hugo Ramalho (Sub-19) impôs ritmo forte e controle total, vencendo com 34 segundos de vantagem.
Domingo em Ansião: pódios consecutivos
A 5.ª etapa levou o atleta até Ansião, onde a lama voltou a ser protagonista. Cada curva, cada subida curta e cada zona técnica exigia força repetida e leitura de prova apurada.
Hugo Ramalho voltou ao pódio com um 3.º lugar nos Juniores, sustentando alto rendimento em jornadas consecutivas.
A Univox em terreno de Cyclocross
O fim de semana reforçou a capacidade da Univox em ambientes exigentes.
Num terreno onde nada permanece igual de uma volta para outra, a bicicleta mostrou:
– tração eficiente mesmo sob lama intensa;
– rigidez precisa, convertendo potência em aceleração imediata;
– estabilidade em mudanças bruscas de direção;
– geometria equilibrada, permitindo manter ritmo e eficiência mesmo em zonas técnicas.
Foi uma parceira confiável para Hugo em cada momento decisivo, oferecendo controle quando o terreno tentava tirar.
O olhar do atleta
Hugo sintetiza o fim de semana com a maturidade de quem entende o processo competitivo:
“A preparação para esta prova foi relativamente simples. Tinha competido nos Europeus na semana passada e sabia que precisava de dar o meu melhor para chegar aqui na melhor forma possível. Felizmente, depois de uma semana de descanso, as pernas estavam exatamente onde precisavam de estar. Senti-me recuperado e pronto.
No geral, a prova correu bem. Já antes da partida tinha tido bons feedbacks e isso deu-me confiança para começar a corrida com a mentalidade certa. No final, fiquei satisfeito com o resultado, com a forma como tudo se alinhou e, claro, foi bom vencer novamente.”
O depoimento confirma o que se viu em pista: evolução constante, maturidade competitiva e uma relação sólida entre atleta, equipamento e leitura de prova.


